"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo..."

Friday, February 09, 2007

Palavras de uma quase-apaixonada

(Créditos Imagem: Getty Images, by David Muir)

Há algum tempo eu jurei que não amava e nem queria amar. Me sentia satisfeita com minha condição de solteira, e os amores de verão colocaram minha auto-estimam num patamar onde há muito tempo ela não chegava. Voltamos a nos ver e parecia a mesma coisa. Mas eu estava enganada. As coisas já não eram as mesmas. Ou vai ver, só agora eu me dei conta de que elas já não eram há um tempo.
Pensei que era pelo fato de eu ser outra. Pensei que era pelo fato de eu estar desejando mais do que antes. Estava enganada. Eu não desejava aleatoriamente. Levou um tempo mas percebi que era você quem eu desejava. Desde o início. Mas você era proibido e deixou de ser. Ou então foram os meus olhos que pararam de me repugnar a cada vez que te vejo. Como isso pôde acontecer? Eu não queria que isso acontecesse. E de uma hora pra outra, esta se tornou a realidade: eu estava te querendo sem querer te desejar.
Eu ainda não te amo, nem quero. Estou com medo de amar, estou com medo de te amar, estou com medo de me apegar quando jurei que não o faria. Não juro mais. Nem prometo nada. Que a vida aconteça, e as pessoas apareçam, e os momentos aconteçam. Mas se eu ainda te quero, agora é intencional. Eu te quero, quero mesmo, queria você perto de mim, queria a sua boca perto de mim, queria os seus braços perto de mim e queria a sua voz no meu ouvido. Eu agora te quero querendo te desejar. E esse querer pode durar ou não. Pode ter futuro ou não. Mas no momento, ele é real. No momento, ele vive dentro de mim e eu só consigo pensar em você. E tento não esquecer de pensar em mim.
Mas quer saber? Gostar nunca é ruim. Querer alguém nunca é ruim. Pensar em alguém nunca é ruim. É assim que se vive e assim que se é humano. E se eu gosto de você, se eu quero você e se eu agora penso (quase ininterruptamente) em você é porque sou humana e porque tenho vida. E no final das contas, qual é a grande graça da vida senão viver, e chorar, e crescer, e gostar? Não sei.


(estou me sentindo patética, porque odeio gostar de alguém, e ao mesmo tempo, me sentindo feliz, porque há muito tempo não gostava de ninguém. E ao mesmo tempo, estou gostando de gostar de você. Ao menos, por enquanto. Enquanto isso Joss Stone canta pra mim.)


3 Comments:

  • At 9:42 PM, Blogger Sylvia de Sá said…

    Anna!
    Cá estamos a redescobrir o amor... Ou mais do que isso: talvez estejamos aprendendo - e muito - sobre ele!
    O que acaba se refletindo nos textos...
    Se é bom ou ruim, só o tempo pra dizer. Mas acho (ou melhor, tenho certeza) que todo aprendizado é bom. Então é isso, continue criando e continue crescendo.

    E toda sorte pra gente! ;)

    Beijo grande!

     
  • At 1:52 PM, Anonymous Anonymous said…

    Hauauahaz.. lindooo anna..
    Eu nam sei se é bom ou ruim te ver assim d novooo.. mas tomara q deh tudo certo pra ti nináá

    bjuz

     
  • At 6:16 AM, Blogger Sylvia de Sá said…

    Saudades dos seus textos!!

    Será que estamos, as duas, tomadas por total falta de inspiração; ou sua vida amorosa anda tããão boa, que não há mais tempo para outras coisas!? hehehe =)

    Beijo grande e boa semana ae!

    Sylvia

     

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